Abelmoschus esculentus
Descrição
Planta da família Malvaceae, também conhecida como abelmosco, bâmia, benda, bendé, bendó, calalu, gobo, gombô, guingombô, kingombó, quiabeiro, quiabeiro-chifre-de-veado, quiabeiro-comum, quimbombô, quingobó e quingombó, Okra (inglês, alemão, ), quimbombó e quimgombó , gombo , bendi, bhindi, ockro, okra, vendai (hindú), huang-shu-k’uei (chinês), quimbombó e quimgombó (casteliano).
Arbusto anual, ereto e pouco ficado. As folhas são pecioladas com 3 a 5 lóbulos. As flores solitárias são amarelas e maculadas de carmim escuro na base. O fruto é uma cápsula alongada. contendo várias sementes. Reproduz-se por sementes, sendo cultivada como hortaliça, germinando em 8 dias. Dá-se melhor no calor e gosta dos solos areno-argilosos, com muita matéria orgânica e bem drenados. A colheita dos primeiros frutos é feita após 60 dias da germinação.
Parte utilizada:
Folhas, frutos.
Origem:
África, Índia e aclimatado em toda a região tropical. Acredita-se que foi introduzida no Brasil pelos colonizadores.
História: É usado pela população brasileira especialmente como alimento, de fácil digestão e refrescante para o trato gastrointestinal. É alimento sagrado nas culturas africanas e carro-chefe da culinária tradicional de Minas Gerais.
Modo de Conservar:
As folhas e os frutos, ainda verdes, são utilizados frescos ou secos ao sol, em local ventilado e sem umidade. Armazenar, em separado, em sacos de papel ou de pano.
Constituintes químicos: vitamina A, vitamina B2 e B6, cálcio, alanina, alfa-tocoferol, arginina, ácido ascórbico (vitamina C), ácido aspártico, glicosídeos, ácido glutâmico, gossipetina, gossipol, histidina, isoleucina, leucina, ácido linolênico, ácido mirístico, ácido oleico, ácido palmítico, ácido pantotênico, pectina, quercetina, riboflavina, amido, ácido esteárico, enxofre.
Propriedades medicinais:
Anti-helmíntica, antiparasitária, demulcente.
Indicações:
verminoses; diarreia; disenteria; inflamação e irritação do estômago, intestino e rins; problemas na língua devido a febre tifóide.
Contraindicações e cuidados:
Aumento do número de evacuações, ou diarreia pastosa em intestinos muito sensível com tendência à diarreia.
Modo de usar:
Bronquites; tosses; catarros: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de fruto verde e 1 colher de sobremesa de folha de guaco, bem pacados e adicione água fervente. Abafe e espere amornar. Coe e acrescente 2 xícaras de café de açúcar cristal. Leve ao fogo brando, até dissolver completamente o açúcar. Tome 1 colher de sopa, de 2 a 3 vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose. Este xarope deve ser utilizado em 2 ou 3 dias, pois estraga facilmente por não conter conservante.
Desidratação devido a diarreia; colite; vômitos; gastrite: em um recipiente, coloque 2 colheres de sopa de frutos, 1 colher de sobremesa de rizoma de confrei, bem picados e adicione 3 xícaras de chá de água fervente. Deixe em maceração por 1 noite. No dia seguinte, coe. Tome a metade após o almoço e a outra metade após o jantar.
Feridas; úlceras; tumor externo: em um pilão, coloque 2 colheres de sopa de folhas frescas picadas. Amasse bem, até obter a consistência de pasta. Espalhe sobre uma gaze ou pano e aplique na parte afetada, de 2 a 3 vezes ao dia.
Farmacologia:
Na tradição popular e segundo alguns estudiosos como os Drs. Deodato de Morais e Manfred e mais recentemente o Prof. Sylvio Panniza, o quiabo é emoliente, refresca os intestinos e é um mecânico; Recomendam-no no tratamento de afecções pulmonares e como alimento para tuberculosos; Não encontramos relatos de estudos científicos, mas uma análise superficial de seus princípios ativos revelam que a planta tem grande potencial terapêutico, merecendo investigações mais profundas.
Veja também em nosso site:
Xarope caseiro do quiabo com guaco
Posologia:
O fruto, como alimento, pode ser comido: cru, refogado , frito ou cozido. Adultos: 4g de fruto verde – cru (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso, acrescido de 1 colher de sopa de mel -1 colher de sopa até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Deve ser mantido sob refrigeração. Crianças: tomam uma colher de sobremesa ou chá, de acordo com a idade. 8g de frutos verdes macerados em água 1 xícara de água quente por 1 noite – tomar metade após o almoço e metade após o jantar. Emplastro de folhas frescas são usados para cicatrizar úlceras e feridas e para “amadurecer” tumores. Também são usados sobre os pulmões.