Plantas Que Curam

Plantas Que Curam, Quebra Pedras

Phyllantus niruri

Descrição

Herbácea rasteira com pequenas folhas elípticas, verde azuladas. Muito conhecida em todo o Brasil. Cresce nas frestas de pedras, calçadas e solos duros pois possui uma forte capacidade de adaptação, crescendo em solos com poucos nutrientes. Acredita-se que o seu nome surgiu devido ao fato dela crescer nas frestas de pedras e calçadas, como se julgava antes, mas na realidade é devido a seu uso na medicina popular. Da família das Euforbiáceas.

Reprodução: Subarbusto anual de até 40cm de altura, com hastes eretas, lenhosas, finas e ramosas. Ramos alternos. Folhas miúdas, ovais, alternas, delgadas, verdes e prateadas na página inferior como folíolos de uma imparipenada. Pequeníssimas flores amarelo-esverdeadas dioicas (algumas classificações botânicas fazem referência como monoicas) e fruto trilocular, com 2 sementes em cada loja. Reprodução por sementes.

Habitat:

Nativa das regiões tropicais, ocorre em vários países. Aparece em toda a planície litorânea brasileira, em terrenos baldios e cultivados, jardins hortas e viveiros.

História: Usada desde os primórdios pelos médicos aiurvédicos, é reconhecida na Ásia, África e América Latina por suas qualidades desintoxicantes e sobre o trato urinário.

Parte utilizada:

Flores, encatravilhas, frutos.

Princípios Ativos:

Ácido elárgico, ácidos graxos, ácido repandusínico, ácido salicílico, alcaloides (norsecurina, 4-metoxi-norsecurina, entnorsecurinina, nirurina, flantine, filocrisina), alcaloides pirrozilidínicos (norsecurinina, 4-metoxi-norsecurinina, nor-ent securinina), alcaloides indolizidínicos (nirunina filantina, filocrisina), alcanos (triacontan-1-al, triacontan-1-ol), benzenóides (salicilato de metila, filesterina), breviflonina-ácido carboxílico, esteróides (24-isopropil-colesterol, estradiol, estigmasterol, b-sitosterol), dibenzilbutirolactona, cineol, cimol, flavonoides (quercitrina, quercetina, rutina, astragalina, isoquercitrina, kaempferol-4-0-a-L-ramnosídeo, nirurim, ninurinetim, fisetina-41-0-b-D-glucosídeo, eriodictiol-7-a-L-ramnosídeo), filantol, filalvina, filantidina, furosina, gelato de metila, gelato de etila, geranina, galato de etila, glochidona, geraniina, glicosídeos, hiporilantina, hirtetralina, lignanos (lintetralina, nirurina, nirurinetina, filnirurina, isolintetralina, hipofilantina, kinokinina, nitrantina, nitretalina, filantina, isolariciresinoltrimetil éter, nirantina, seco-4-hidroxilintetralina, hidroxinirantina, nirfilina, nirtetralina, filtetralina, filtetrina e hidroxilignanos), linalol, lipídeos (ácido ricinoleico, dotriancontanóico, linoleico e linolênico), mucilagens, niruside, securimina, sais minerais, saponinas, taninos , terpenos (cimeno, limoneno), triterpenos (lupeol-acetato e lupeol), vitamina C, xantoxilina.

– sementes: ácido linoleico, ácido linolênico, ácido ricinoleico; – folhas compostos fenólicos (3,5%), vitamina C (0,4%), ligninas, triterpenóides;

– parte aérea: flavonoides, quercitrina, quercetina, rutina, astragalina, nirurina, fisetina-4-0 glicosídeo, triacontanal, triacontanol e hipofilantina. Filantina, filalvina, cineol, cimol, linalol, salicilato de metila, securimina, filantidina, ácido salicílico;

– raízes: 90 derivados flavônicos, triterpenóides e esteróide estradiol.

Propriedades medicinais:

Adstringente, analgésica, antagonista endotelino, antisséptica, antiblenorrágica, antidiarreica, antiespasmódica, anti-hipertensora, anti-hipercolesterolêmica, anti-hepatite B, anti-hepatotóxica, anti-inflamatória, anti-hidrópica, antilítica, anti-infecciosa das vias urinárias, antinefrítica antisséptica, anti-ictérica, antidiabética, antitumoral, anticancerígena, antivirótica, aperiente, citostática, desobstruente, diurética, estomáquica, febrífuga, hepatoprotetora, hipoglicêmica, inibidora ACE, inibidora da transcriptase reversa do HIV, litogênica, purgativa, re, sedante, sudorífica, tônica, vermífuga.

Indicações:

Ácido úrico, afecções urinárias, da pele, da boca e da garganta, afecções da próstata, afecções do fígado, albuminúria, amenorreia, analgésica, areias e cálculos renais, catarros vesicais, cistite, cólica renal, contusões, diabetes melitus com polineruropatia, disenteria, edemas, eliminação de urólitos, emético, febre palustre, feridas, gangrenas, gota, hemorragias, hepatite B, hipertensão arterial, icterícia, inapetência, infecções pulmonares, inseticida de pulgas e piolhos, litíases renais, problemas na próstata, re muscular, úlceras, verrugas.

Contraindicações e cuidados:

Não deve ser utilizada por crianças, gestantes e lactantes, pois algumas substâncias da planta conseguem atravessar a placenta e são excretadas pelo leite materno. Pessoas com alergia a plantas do gênero Phyllanthus também não devem fazer uso. Abortiva e purgativa em altas doses. Pode ser tóxica em doses muito elevadas. O uso prolongado (mais de 21 dias seguidos) ou em altas doses provoca desmineralização do organismo.

 

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de raízes em decocção até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12h. Crianças: posologia por peso corporal: 0,4ml/Kg/dia com intervalos menores que 12h.

Superdosagem: Doses extremamente altas podem provocar efeito purgativo.

Modo de usar:

decocção: ferver durante 10 minutos 10 g (planta seca) em 1 litro de água. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia. – Para a eliminação do cálculo renal, tomar o chá a vontade durante o dia, durante 3 semanas. Parar 7 dias e então, se necessário, repetir. – Distúrbios renais: 30g/litro (planta fresca). Tomar 3 xícaras ao dia. – Câncer: 40g/litro. Tomar 3 xícaras ao dia. – Diabetes: 75g/litro. Tomar 2 xícaras ao dia. – Diurese: 35g/litro. Tomar 3 xícaras ao dia – Extrato fluido: 1 a 4 ml ao dia. – Tintura: 5 a 20 ml ao dia. – Pó: 0,5 a 2 g ao dia.

Veja também em nosso site:

Receita Caseira de Chá de Quebra Pedra.

Farmacologia:

Já foi comprovado que o Quebra-pedras, inibe a reprodução do DNA de vírus, bloqueia a transmissão do impulso doloroso, reduz os espasmos musculares baixando as taxas de glicose no sangue. A ação analgésica e re muscular é devida a seus alcaloides; Alguns dos flavonoides garantem a ação antibiótica natural; Em pesquisa conduzida na índia, 60% dos portadores de vírus da hepatite B apresentaram exames negativados – pela ação do quebra-pedra como limitante para as proteínas produzidas pelo vírus e redutor da atividade do DNA virótico (Lee, CD, Ott M et ai, European Journal of Clinicai Investigation, 1996). Há poucos relatos de estudos em que os resultados foram bem menos significativos ou ausentes; Os componentes do quebra-pedra também mostraram atividade contra outros vírus, especialmente o Epstein-Barr (Mononucleose/fadiga crônica). Um relatório japonês apontou a inibição enzimática da reprodução do HIV (Ogata.T Higuchi.H et ai, 1992); Também foi comprovada a diminuição dos danos às enzimas hepáticas causados pelo álcool, tetracloreto de carbono e galactosamina mas o mecanismo de ação ainda não está claro. Pesquisas brasileiras comprovaram a sua eficácia sobre o sistema urinário, inclusive o efeito antiespasmódico sobre as mucosas que facilitaria a passagem de cálculos e a inibição da formação de cristais de oxalato de cálcio (Luper S. 1 998) e anti-hípertensivo pelo eliminação do excesso de sódio e hipoglicemiante (Dorsch, W et ai. 1991). Existem vários relatórios sobre suas características analgésicas e anti-inflamatórias (Engels et ai, 1992).