Bauhinia forticata
Descrição
Da família das Leguminosas, é também conhecida como bauínia, miroró, mororó, pata-de-boi, pata-de-burro, unha-de-anta e unha-de-vaca. Árvore com caule e ramos aculeados de até 10 metros de altura e espihosa. As folhas são alternas, com 2 folíolos unidos pela base, largo ovadas, membranosas, coriáceas, apresentando 9 nervuras principais e um corte no centro no sentido vertical até o meio, o que lhe dá o aspecto de uma pata de vaca. O pecíolo apresenta acúleos. As flores, de cor branca, apresentam pétalas desiguais, filiformes. O fruto é uma vagem contendo várias sementes. Reproduz-se por sementes e é de fácil cultivo, não exigente quanto ao solo e clima. É muito encontrada nas matas, capoeiras, beiras de estrada e terrenos baldios. A colheita das folhas deve ocorrer, de preferência, antes da floração, as cascas do caule em qualquer época e as flores no momento de sua abertura.
Habitat:
É natural da Amazônia ocorrendo no Cerrado e América central também.
História: É usado pela população indígena e ribeirinha desses regiões há centenas de anos. Os usos nativos de pata de vaca bem não são documentados, mas muito tempo segurou um lugar em medicina herbácea brasileira.
Parte utilizada:
cascas, folhas, flores, lenho, raízes.
Plantio: Multiplicação: sementes para formação de mudas;
Cultivo: originária da Ásia. É uma leguminosa, não exige clima nem solo. As de flores brancas são as melhores. Medem de 4 a 8 metros de altura. Planta-se na primavera em espaçamento de 8m X 8m;
Colheita: folhas, cascas do tronco ou da raiz, na época da floração.
Modo de Conservar:
As folhas, as cascas dos ramos e as flores devem ser secas à sombra, em local ventilado e sem umidade. Armazenar em vidros de pano ou papel
Origem:
América do Sul. Está espalhada por todo o Brasil e no norte da Argentina.
Propriedades:
Casca e caule possuí características expectorantes. As raízes são vermífugas, as flores são purgativas, as folhas são diuréticas e recomendadas como antidiabéticas. (*)
Indicações:
É empregada nos tratamentos da diabetes. A casca é indicada para diabetes e as folhas como diurético.
Princípios Ativos:
taninos , flavonoides e glicosídeos.
Modo de usar:
infusão de 2 xícaras de café da folha picada em 1/2 litro dágua ou 1 folha picada por xícara de chá. Tomar 4 a 6 xícaras de chá ao dia para diabetes. A infusão das flores é purgativa.
Precauções: Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea.
Superdosagem: Não há relatos. Caso ocorra, além das medidas usuais para intoxicação, tratamento sintomático para vômito, cólicas e diarreia deverão ser instituídos e dieta zero.
Contraindicações e cuidados:
em caso de gestação ou lactação, usar somente sob orientação médica. Aumento do número de evacuações ou diarreia pastosa em intestinos com tendência à diarreia.
Efeitos colaterais:
pode potencializar drogas antidiabéticas; é contraindicada para pessoas com hipoglicemia.
Modo de usar:
como hipoglicêmica: dose de 3g/dia de folhas, por 56 dias; – infusão ou decocção sob forma de banhos: elefantíase e mordidas de cobra; – infusão de 2 xícaras das de cafezinho da folha picada em ½ litro de água ou 1 folha picada por xícaras de chá. Tomar 4 a 6 xícaras de chá ao dia (diabetes); flores (purgativo). – decocção de 1 colher das de sopa do pó da casca e folhas secas em 1 xícara de água. Tomar ½ a 1 xícara de chá ao dia; – decocção: ferver 1 a 2 colheres das de chá de folhas em 1 xícara das de chá de água. Tomar 3 a 4 xícaras ao dia – infusão a 2%: até 6 xícaras de chá ao dia; – infusão de 2 colheres de sopa de folhas (e ou flores picadas) para 1 litro de água fervente. Tomar 3 a 4 xícaras do chá morno por dia; ½ cálice de água, 3 vezes ao dia.
Diabetes: coloque 1 colher de sobremesa de folha picada em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, 3 vezes ao dia, sendo uma de manhã, em jejum e as outras antes das principais refeições.
Diurético; eliminador de cálculos renais: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de folha fatiada e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, de 1 a 3 vezes ao dia: 2 xícaras de chá, de 1 a 3 vezes e a outra à tarde, a antes das 17:00 horas.
diarreia: coloque 1 colher de sobremesa de casca dos ramos picadas em 1 copo de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos e coe. Tome 1 copo após cada evacuação.
Calmante dos estados nervosos; diurético; diabetes: coloque 3 colheres de sopa de folhas picadas em 1 xícara de chá de água potável. Deixe em maceração por 3 horas, ao sol. Em seguida, coe e adicione 1 xícara de café de conhaque. Misture bem. Tome 1 colher de café, diluído em um pouco de água, 3 vezes ao dia.
Toxicologia: Sem toxidade nas doses recomendadas. A DLM é acima de 300ml para humanos acima de 60Kg. Os extratos etanolíticos em doses muito maiores que a terapêutica apresentam sinais de toxidade não especificados, não havendo nenhum relato de morte por intoxicação.
Veja também em nosso site:
Receita Caseira de Chá do Mororó.
(*) A cura pelas ervas e plantas medicinais brasileiras – Ricardo Lainetti e Nei R. Seabra de Britto – Ediouro.