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Plantas Que Curam

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Plantas Que Curam, Salsaparrilha

Smilax aspera

Usada há muito nas Américas e na Europa, a salsaparrilha é um bom remédio para infecções crônicas, doença inflamatória crônica e problemas da menopausa.

Descrição

Da família das Liliáceas, trepadeira com raízes carnosas espessadas, tuberiformes e alongadas.

O caule é cilíndrico, lenhoso e armado de pequenos espinhos.

As folhas reunidas em rosetas espaçadas, são sésseis e lanceoladas, as folhas são simples, pecioladas e ovaladas.

As flores são pequenas e de coloração esbranquiçada.

O fruto é uma baga, contendo numerosas sementes.

Plantio:

Ele se propaga por sementes, ou então por mergulhia de estaquias ou rebentos.

Necessita de um tutor ou suporte, onde possa se prender e prosperar.

As mudas e plantas jovens não deverão apanhar radiação solar direta.

Ambas as espécies prosperam bem em climas equatoriais e tropicais, vegeta ao longo dos cursos dos rios e terenos úmidos, em campos e cerrados.

O solo deve ser solto, fofo e fértil, com bastante matéria orgânica.

A melhor época do plantio é no início da estação chuvosa, no inverno ou primavera tropical, ena falta de chuvas de devesse irrigar com regularidade as mudas recém-plantadas e as plantas mais jovens.

Quando feita a colheita das raízes, convém deixar intatos alguns rizomas, que em geral são curtos e grossos, para assegurar o nascimento de novas plantas.

O enraizamento é melhor em solos aerados e férteis, com matéria orgânica.

Não é exigente em água, embora responda a irrigação espaçosa. O espaçamento pode ser feito semelhante a cultura da uva ou do maracujá (4m X 2m).

Partes Utilizadas: Rizoma e raiz.

Habitat:

Nativa da América Equatorial, ocorre em vários países, principalmente México, Brasil e Peru.

História: O médico francês Monardes descreveu o uso da salsaparrilha no tratamento da sífilis em 1574.

Em 1812, soldados portugueses com sífilis se recuperavam mais rapidamente usando a salsaparrilha ao invés de mercúrio, o tratamento padrão daquela época; A salsaparrilha é utilizada em muitas culturas para outras doenças, incluindo problemas de pele, artrite, febre, desordens digestivas, lepra, e câncer.

Relatos do final do século XV explicando a identificação e as primeiras descrições de drogas americanas incluem a salsaparrilha.

O papel da salsaparrilha como uma planta medicinal em remédios americanos e europeus no século XVI é igualmente evidente.

Plantio: Multiplicação: por semente, raiz ou brotos do caule próximo à raiz;

Ocorre em todo o Brasil até o México, existem outras espécies do mesmo gênero que também têm as mesmas finalidades.

Colheita: colhem-se as raízes no outono, principalmente.

Modo de Conservar:

A planta toda deve ser seca ao sol, em local ventilado e sem umidade. Conservar em vidros ou potes bem tampados.

Origem:

Norte da África, Europa e Ásia. Encontrada no Brasil, nas regiões sulinas.

Propriedades:

Diurética, sudoríficas, depurativa, aperitiva e tonificante.

Indicações:

Sua raiz é muito indicada para combater o reumatismo e a artrite. É utilizada tanto para uso interno como para lavar eczemas.

Distúrbios dermatológicos: A salsaparrilha é utilizada para tratar psoríase e eczema. É melhor tomá-la conjugada com labaça-crespa (Rumex crispus).

Problemas da menopausa: A salsaparrilha pode ajudar com problemas da menopausa ligados à pele ou a sintomas artríticos.

Princípios Ativos:

Saponinas esteroidais: sarsaponina, esmilasaponina (esmilacina); Sarsaparilosideo; Agliconas: sarsasa-ponina (parilina), sarsasapogenina (parigenina), e esmilagenina. Outras saponinas; diosgenina, tigoge-nina, e asperagenina; Fitosterois: sitosterol, estigmas-terol, e polinastanol; Amido; Resina; Álcool cetílico; Óleo volátil; Ácidos cafeoilshikimico, shikimico, ferúlico, sarsápico; Kaempferol, e quercetina; Minerais: alumínio, cromo, ferro, magnésio, selênio, cálcio, zinco e outros; Algumas espécies têm os flavonoides: isoastilbina, isoengetitina, e astilbina.

Interação medicamentosa: Não há relatos, porém ela afeta a absorção de drogas orais e deve ser tomada com um intervalo de pelo menos 2 horas. Pode aumentar a creatinina.

Efeitos colaterais:

Um relatório descreve a asma ocupacional cautilizada pelo pó da raiz da salsaparrilha.

Superdosagem: Não há relatos de envenenamento, mas doses acima das recomendadas podem causar náuseas, salivação, vômitos e queda acentuada do pulso.

Toxicologia: Nenhuma informação sobre a toxicologia da salsaparrilha foi encontrada na literatura consultada.

Modo de usar:

Digestivo estomacal, hepático e intestinal: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa da planta picada e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, antes das principais refeições.

Diurético; cistites; edemas; afecções das vias urinárias: coloque 2 colheres de sopa da planta picada em 1/2 litro de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos e coe. Tome à vontade durante o dia – não tomar após as 17:00 horas.

Feridas; chagas; pruridos; eczemas; escaras; úlceras varicosas: lave muito bem a planta fresca e enxugue. Em um pilão, coloque 3 colheres de sopa de glicerina. Amasse bem até formar uma pasta. Espalhe em uma gaze ou pano e aplique no local afetado, em forma de compressa, de 2 a 3 vezes ao dia.

Atonia estomacal e intestinal; falta de apetite; anemias; diurético: coloque 3 colheres de sopa da planta picada em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 10 dia se coe. Tome 1 cálice, antes das principais refeições.

Farmacologia:

A salsaparrilha tem sido utilizada por 40 anos para o tratamento da sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis (STD) no mundo inteiro, e foi documentada como um adjuvante para o tratamento da lepra em 1959; A habilidade da salsaparrilha de ligar-se as endotoxinas pode ser um possível mecanismo de ação dos efeitos farmacológicos da planta.

Todos problemas associados com níveis elevados de endotoxinas circulando no sangue tal como infecção hepática, psoríase, febres e os processos inflamatórios, parecem melhorar com a salsaparrilha; Antibiótico tratamento da lepra; Ações antibióticas da salsaparrilha também foram observadas mas são provavelmente secundárias ao seu efeito de ligação as endotoxinas. As características antibióticas da planta são demonstradas pelo seu uso no tratamento da lepra e sua ação contra a leptospirose como comprovado por estudos chineses; Condições dermatológicas/ psoríase; Outros efeitos positivos do uso da salsaparrilha na pele foram demonstrados. A salsaparrilha foi também utilizada como um remédio herbário popular para outras condições de pele como a eczema, prurido, vermelhidão localizada (rash), e no cuidado de feridas; O composto sarsaponina, que se liga as endotoxinas, melhorou a psoríase em 62% dos pacientes e completamente curou a doença em 18%, como observado em um estudo da década de 40. A atividade antidermatófita da espécie Smilax regelii foi demonstrada em um relatório mais recente; Efeitos anti-inflamatórios As ações anti-inflamatórias da salsaparrilha tornam a planta útil para o tratamento da artrite, reumatismo, e da gota; A Smilax sarsaparilla inibiu a inflamação induzida por carragena na pata de ratos, assim também como a exudação induzida por pelolas de algodão; Outros usos: A saponina sarsasapogenina pode ser sinteticamente transformada em testosterona, mas é improvável que isto possa acontecer in vivo. Anúncios promovendo a salsaparrilha como uma “rica fonte de testosterona” são infundados pois não nenhuma testosterona pode ser encontrada na planta. Porém, algumas fontes indicam que a salsaparrilha exibe ações testosterônicas no corpo, como o aumento do volume muscular e também ações estrogênicas aliviando problemas femininos; No México, a raiz é ainda utilizada por sua suposta propriedade afrodisíaca. Uma revisão recente discute a eficácia de suplementos de Smilax (entre outros) usados em culturismo ditos “melhorar o desempenho”.

Outros usos documentados da salsaparrilha incluem: melhora do apetite e da digestão, efeitos adaptogênicos da Smilax regelii, salsaparrilha em combinação com outros medicamentos como um fitoterápico e um suplemento mineral, e atividades hemolíticas das saponinas esteroidais da Smilax officinalis; Um estudo que analisou o efeito da salsaparrilha na cicatrização de fraturas relata que a erva possui efeitos insignificantes na resistência à tensão e no depósito de colágeno; Outras espécies do Smilax foram avaliadas para ações antimutagênicas (Smilax china), desordens gastrointestinais (Smilax lundelii), e ações em ratos hiperuricêmicos e hiperuricosúricos (Smilax macrophylla).

A espécie Smilax glabra exibe efeitos tóxicos contra parasitas, melhora a hepatite B (em combina-), possui efeitos terapêuticos marcantes (em combinação) no tratamento do metaplasia intestinal e da hiperplasia atípica, e efeitos hipoglicêmicos em camundongos, e também mostrou um efeito hepatoprotetor em ratos. O fato de que a salsaparrilha liga-se as endotoxinas bacterianas no intestino, tornando-as não absorvíveis, causa uma grande redução de estresse no fígado e em outros órgãos. A salsaparrilha inibiu o dano hepatocelular induzido em ratos, sem nenhuma reação adversa significativa relatada.