Plantas Que Curam

Plantas Que Curam, Laranjinha do Mato


Plantas Que Curam, Laranjinha do Mato


Xanthoxylum tingoassuiba

A laranjinha do mato, popularmente também conhecida como tinguaciba, tem muitas características medicinais, no consumo de seu fruto como o uso do chá.

Descrição

Planta da família das Rutaceae, também conhecida como tinguaciba, tinguaciúba, laranjeira-brava. Arbusto espinhoso, aromático a limão de até 3m de altura, de casca alaranjada, de sabor; pungente e acre. Caule e ramos cheios de espinhos afiados de 5mm de comprimento; Folhas espinhosas, alternas, compostas; Flores amareladas pequenas, inflorescência em cachos. O fruto escuro fica dentro de uma noz pequena de sabor picante.

Habitat:

Mata Atlântica do sudeste.

História: Planta tradicional no herbalismo xamânico brasileiro. Ana medicina aiurvédica. planta nativa da índia é muito utilizada.

Parte utilizada:

casca.

Propriedades medicinais:

digestivo, sudorífico, anti-inflamatório.

Princípios Ativos:

A Tinguaciba tem sua composição química pouco estudada, sabendo-se de seus glicosídeos. Contudo o gênero Zanthoxylum, usado nos EE.UU. e índia apresenta: alcaloides isoquinolínicos: berberina, cheleritrina, Glicosídeos; óleos voláteis; Pirocumarinas: xantoxiloína, resinas; Lignana asarina.

Indicações:

Afecções da garganta, atonia intestinal, aperiente, azia, dispepsia, cólica do estomago e intestinos, diarreia, dor de dente, febre intermitente, gases, náusea,
reumatismo, tontura, ventre pesado, vômito.

Uso pediátrico: Indicada no tratamento de diarreia aguda infecciosa, cólicas abdominais, verminoses, dores de ouvido, infecções urinárias e cólicas nefréticas.

Contra indicacões: Em pacientes com miastenia ou neuropatias motoras devido ao efeito bloqueador sobre as placas motoras e ao relaxamento muscular da Tinguaciba.

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; Crianças de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia, às refeições; De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia, às refeições; De 8 a 12 anos: 4 ml 3 vezes ao dia às refeições; Posologia por peso corporal: 0,3mg/Kg/dia; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de cascas e raízes em decocção até 3 vezes ao dia; Pode-se usar a tintura diluída em gargarejes e pura em fricções sobre articulações doloridas; O suco da planta embebido em algodão pode ser usado topicamente em dor de dente. Interação medicamentosa: Potencializa as medicações res musculares.

Precauções: Em doses (muito) elevadas há perigo de efeito cardiotônico e curarizante. Os efeitos da intoxicação incluem taquicardia, hapnéia, hipotensão, arritmias e morte.

Efeitos colaterais:

Até o presente, o uso de doses 10 vezes superiores à terapêutica não apresentou nenhum efeito colateral. Doses extremamente elevadas causam bloqueio neuromuscular.

Superdosagem: Deverão ser feitos: o esvaziamento gástrico, lavagem com soro fisiológico e colocação de sonda nasogástrica. As resinas podem causar cólicas e diarreia. Em caso de fraqueza muscular e taquipneia deverá ser usado um anticoli neste caso.

Modo de usar:

decocção da casca: febres intermitentes; cólicas intestinais; reumatismo; Uso externo: reumatismo, dor de dente, dor de garganta (gargarejo da tintura), nevralgias;
Dor de dente: embeber uma bolinha de algodão na seiva da planta ou tintura da casca e introduzir na cárie do dente. Uso interno: 20 g de casca para um litro de água em decocção. Tomar 4 a 5 xícaras por dia. Nota: seu uso baseia-se em conhecimentos empíricos de indígenas brasileiros.